Eu não vou mentir pra você, começar a meditar não é algo “fácil”, mas é algo que, definitivamente, vale a pena!
Quando alguém decide meditar, com certeza deve achar que não vai conseguir ficar 2 minutos sentado. E talvez não consiga mesmo (ou talvez você descubra que é um meditador nato, vai que…). Meditar, ao contrário do que muitos possam pensar, não é “sentar e não fazer nada”. Meditar é aprender a se ouvir, a escolher os pensamentos para dar foco em determinado momento, é achar a paz interior no meio do caos, é um puta exercício de autoconhecimento! Mas como chegamos nesse estado quase búdico (sei nem se essa palavra existe…kkk), afinal? Tentando, e tentando, e tentando.
Pra quem nunca se interessou por meditação, deixo aqui alguns benefícios que a ciência já comprovou dessa prática milenar:
Dito isso, vamos começar a parte que interessa, as dicas.
1 – Comece devagar:
Meditar é uma tarefa que exige tempo. É bem pouco provável que uma pessoa comece meditando 10 minutos, por exemplo. Comece com 1 minuto. Uns dias depois passe para 3, depois 5, e por aí vai.
E como começar? Observando a sua respiração. Feche os olhos e procure levar sua atenção para a entrada e a saída de ar. Apenas observe o ar entrando, saindo e o movimento do seu corpo. Sempre que perceber que sua mente se dispersou, não se chateie e desista, isso acontece até com meditadores experientes. Apenas observe esse pensamento. Não se apegue à ele, observe e deixe-o ir. Retorne a atenção à respiração. Com a prática as dispersões ficam cada vez mais afastadas.
Uma dica excelente pra quem está começando é usar um aplicativo de meditação. Tem vários gratuitos! Indico insight timer e head space.
2 – Estabeleça um horário e local:
Incorporar um novo hábito à rotina exige disciplina. A melhor forma de começar a meditar é fixando um horário no seu dia em que você ache que será mais tranquilo de fazer essa prática.
Quando você acorda? Estique um pouco o corpo, sente-se na cama ou numa almofada confortável (ou até no chão) e comece.
No intervalo do almoço? Trabalha perto de um parque? Tem jardim no escritório? Tire alguns minutos de seu intervalo e comece.
Antes de dormir? Seu dia é muito corrido e você acredita que antes de dormir é o melhor horário? Desligue a tv e o celular (a não ser que esteja usando um app de meditação…rs), sente-se num local confortável e comece.
Não importa se será em casa, na rua, no trabalho…apenas pare para pensar qual horário você conseguiria de fato fazer com que a meditação pudesse se tornar um hábito na sua vida e comece.
3 – Use “facilitadores”:
Focar na respiração é apenas uma das maneiras de se meditar. E indico muito para começar qualquer meditação, pois além de trazer a consciência/atenção para o presente, aquieta a mente e acalma o corpo.
Porém, talvez você não consiga ficar só com esse artifício, e precise de algo mais. Repetir um mantra (tipo o OM) ou usar um japamala (aquele cordão de 108 contas) na mão são excelentes opções para deixar a mente focada. A cada exalação repita o mantra na sua mente, ou troque a conta do japamala a cada nova inspiração.
4 – Seja paciente consigo mesmo:
Como já disse antes, começar a meditar é um processo. Pode ser que você passe 1 semana inteira conseguindo ficar apenas 1 minuto meditando. Qual é o problema nisso? Cada pessoa tem seu tempo.
Nos primeiros dias você vai começar e do nada estará pensando no que vai comer no almoço, depois no cachorro, no trabalho e no carro que tem que levar no mecânico. É absolutamente normal. Não se desespere achando que nunca vai conseguir meditar. Respira fundo e começa de novo. A mente tem que ser treinada.
Como diz o ditado popular: “Inspira, Expira, Não Pira”
5 – Leia sobre o assunto:
Estudar sobre algo que estamos tentando trazer pra nossa rotina é essencial. Pra começar a cozinhar lemos receitas, dicas de conservação de alimentos, de preparo… por quê não ler sobre meditar?
Um livro que adoro e indico não é exatamente sobre como meditar, e sim sobre como o nosso cérebro, a saúde dele, é importante para nossa vida. Quais os efeitos que manter pensamentos positivos, de ter atenção plena (o famoso mindfulness) e da meditação trazem pra nosso cérebro e, consequentemente, pra nossa vida. É o livro “O cérebro de Buda”.
Assim como ele, existem vários sobre esses assuntos e acho de muita valia ler sobre o tema.
Bom, espero ter jogado uma luz sobre vocês no quesito meditação. Eu tô (bem) longe de ser um monge budista nesse assunto, porém posso afirmar que é maravilhoso e, com o tempo, você vai perceber a diferença na sua vida.
Namastê