Histérica.
Uma classificação que, oficialmente, não é mais usada na medicina, mas que, durante muito tempo era designada àquelas que apresentavam sintomas como fadiga, irritabilidade, insônia, alterações de libido, dor de cabeça, mal estar ou qualquer comportamento vinculado como ruim, quando vindo de uma mulher.
Histeria. Palavra derivada da língua grega, que significa útero ou ventre.
A histerectomia é a retirada do útero, aquele que nos deixa “histéricas”, e que, por muito tempo era parte daquilo que diferenciava as mulheres dos homens nos estudos, o sistema reprodutor. Sendo assim, os estudos eram feitos apenas em homens, já que a flutuação hormonal das mulheres podia deixar as coisas um pouco mais “imprevisíveis”.
O “padrão” era sinônimo de masculino.
Assim, fomos taxadas de loucas e/ou dementes, e jogadas em instituições psiquiátricas, pelo simples fato de que os médicos não sabiam lidar com nossos hormônios.
É muito mais comum a dor de uma mulher ser taxada de psicossomática do que a de um homem, mesmo sendo descrita com os mesmos sintomas.
Por décadas, não fomos levadas em conta pela ciência e pela medicina. Mulheres eram vistas como “homens pequenos”.
Por coisas como essa, no final da década de 1990, oito em cada dez drogas foram retiradas do mercado americano, pois apresentavam mais riscos para as mulheres do que para os homens.
Quando foram aprovadas, testaram apenas em homens, ou animais machos.
Por sermos fisicamente menores do que os homens, fomos automaticamente classificadas como menos inteligentes, já que o cérebro era menor. No entanto, o homem que chegou à essa conclusão impressionante, não lembrou de uma coisa chamada proporção.
Infelizmente, muitas dessas crenças se perpetuam até hoje, mesmo que de maneira velada. Ainda somos vistas como menos inteligentes e menos capazes, e, por isso, ainda temos menos oportunidades e credibilidade no mercado de trabalho.
Mesmo com o avanço da medicina, e o crescente aumento de estudos com mulheres (principalmente depois que as mulheres ingressaram na ciência), ainda somos taxadas de loucas e histéricas, por causa dos nossos hormônios.
A verdade é que as mulheres passaram anos tentando aprender sobre os homens (fomos ensinadas assim), mas os homens nunca realmente se interessaram em aprender sobre as mulheres. Se ater aos conceitos antiquados e sexistas é mais fácil.
Sim, homens e mulheres são diferentes. Porém, ser mulher não é uma fraqueza, é uma força.
Ter emoções e reagir à elas não deve ser visto como errado ou como uma inferioridade cognitiva, e sim como uma ferramenta de autoconhecimento e um caminho para a empatia. Pois, se você não procura compreender o que sente, como conseguirá entender o outro?
Desejo a você, mulher, não só um dia, mas uma vida maravilhosa! Não perfeita, porque isso não existe, não linear, porque isso é uma inverdade, mas cheia de aprendizado, crescimento e de vida a ser realmente vivida!
Jamais fomos homens pequenos. Fomos, somos e sempre seremos, Grandes Mulheres!