Ardrak em sânscrito, e Zingiber officinale, em termos científicos, o gengibre é uma estrela na culinária e nos tratamentos ayurvédicos, e ao redor do mundo. Inclusive, na Ayurveda, o gengibre é conhecido como “vishwabhesaj“, o remédio universal. Ele pode ser usado fresco, em pó, como suco, chá e óleo, dependendo da intenção desejada.
De sabor (rasa) picante, potência (virya) quente e efeito pós digestivo (vipak) doce, ele pode ser usado para os três doshas, dependendo do objetivo. No entanto, para pitta, é melhor fresco, já que o gengibre em pó é mais picante do que a versão úmida.
Excelente descongestionante, é muito usado em receitas para combater gripes e resfriados, aumentar a imunidade e movimentar o acúmulo de muco. Um dos preparados mais conhecidos da Ayurveda é a panacéia, que leva gengibre, limão, açúcar mascavo e sal de rocha ou marinho.
O gengibre ajuda a reduzir ama (biotoxina), equilibrar kapha e vata dosha, aumentar o agni e melhorar a digestão. Lembra do tônico digestivo que postei aqui?
Para as gestantes, dá um ótimo chá que alivia náuseas e gases. Além disso, pode ser usado nos tratamentos de constipação e diarreia, cólicas (menstruais ou não), edemas, inapetência, vômitos, artrite, dores de cabeça (uso tópico) e doenças respiratórias.
Esse rizoma tão famoso ao redor do globo, é afrodisíaco, antiviral, antibacteriano, estimulante digestivo, carminativo, analgésico, antiinflamatório, estimulante metabólico e tônico do sistema cardiovascular.
Ele é rico num composto chamado gingerol (responsável por muitos desses efeitos), mas também apresenta micronutrientes como potássio, magnésio e ácido fólico.
O uso medicinal do gengibre deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde!
Ele é contra indicado em casos de úlceras, sangramentos, febre alta e dermatites inflamatórias.
Namastê